Aproveito para neste espaço também eu deixar uma breve homenagem a este grande símbolo da política Portuguesa e internacional.
Álvaro Cunhal, marcou uma época de luta. Uma luta épica, repleta de acontecimentos marcantes, e que marcaram todo um país. A vida e a experiência demonstram que não é só de vitórias que se vive e respira, assim foi a vida do camarada Álvaro, a vitória sobre a ditadura em Portugal, provavelmente foi manchada com a decretação de politicas como a “perestroika” e “glasnot”, que tiveram como consequência o fim da União Soviética.
Mas para o camarada Álvaro os valores que viu crescer e no seu espírito amadurecer não tiveram fim, pois o proletariado ainda sofre…
Adeus
http://www.citi.pt/cultura/artes_plasticas/desenho/alvaro_cunhal/
Ivo Furtado
2 comentários:
Panteão dos congruentes
Quando um homem bate na mesma tecla toda a vida, sobretudo quando sofre com isso, ganha na morte, automaticamente, uma qualquer aura mística. Faz-se um rasgado elogio da coerência, uma coerência pensada abstractamente, sem ligação ao concreto das suas implicações. Como se a coerência fosse necessariamente um valor em absoluto. É quando é, se for... Foi o que aconteceu aquando da morte de Álvaro Cunhal. Acredito piamente que Cunhal foi um homem de uma inteligência superior, de uma capacidade de trabalho notável e que, à sua maneira e segundo a sua consciência, lutou arduamente pela melhoria das condições de vida dos trabalhadores. Respeito muito isso, sinceramente. Agora, acho que não se deve, no meio dos elogios de carácter, esquecer ou menosprezar o facto de que só não encabeçou uma ditadura proletária em Portugal porque mesmo nos períodos mais quentes da revolução a relação de forças nunca augurou o sucesso de uma empreitada dessas. Soares disse-lhe isto mesmo num debate televisivo e Cunhal não o negou (não repetiu o famoso "olhe que não"). Às vezes o silêncio quer dizer mais que as palavras. Acho curioso ver democratas a desfazerem-se em elogios ao "camarada. Se calhar toda a gente gosta de um bom mito...mesmo quando o mito, na sua essência, nada lhes diz. Mas isso pouco importa.
Que miseria Ivo... Desculpa lá mas o Alvaro Cunhal já é um bocadinho demais... Ditadura em portugal?? Oh meu Deus... Situem-se pessoal por favor!
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