terça-feira, janeiro 29, 2008

E o burro, sou eu?



Seja dita a verdade, não sei bem por onde começar. Existe uma infinidade de factos para analisar, uns bem graves...

Temos um primeiro-ministro que se diz "engenheiro", que garante não subir os impostos, que o emprego vai aumentar e a taxa de desemprego descer.

Temos ministros que afirmam que o nosso interior é um deserto, que os alunos não devem chumbar na 1ª e 2ª classe. No preparatório se chumbarem por faltas podem compensar com a realização de exames complementares. Mais, temos ministros que encerram maternidades/urgências/hospitais sem sequer se dignarem a explicar o porquê das mesmas decisões (sim porque a música do “défice” tem um fim e não pode servir para explicar todos os meios). Outros afirmam que podemos competir com a China devido aos baixos salários que se praticam... E como se não bastasse temos um presidente brincalhão que ironiza sobre a actuação da ASAE...

Depois do “diz que diz” a Ota já não é o local ideal e Alcochete passa a ter Aeroporto/TGV/Metro (há coisas fantásticas não há?). No entanto, hoje (29/01/2008), foi anunciada a saída de 2 ministros, Cultura e Saúde, como se estes representassem todo o mal instituido no governo, e este ter sido eliminado pela raiz. Simplex? Sim. Os elos mais fracos acabam por cair primeiro.

Por outro lado, temos a concorrência: O Meneses quer ser presidente da câmara e estar à frente do maior partido da oposição (tacho?), natural? Lógico? Parece-me que sim. Aliás ser primeiro-ministro em Portugal deve ser dos cargos mais básicos que se pode almejar. Exemplos:

O défice encontra-se a 6%, o que fazer?

1)– Aproveitar o próximo fim-de-semana para ir visitar o Sarkozy;
2)– Ir almoçar com o Diogo Infante;
3)– Aumentar o Iva para 23%.

O sector da Saúde dá prejuízos avultados, o que fazer?

1)– Se o Diogo Infante recusar o almoço, convidar o João Baião;
2)– Aproveitar o fim-de-semana para ir visitar o Durão Barroso;
3)– Fechar de imediato urgências hospitalares e maternidades.

Sexta-feira tem uma deslocação a Braga, sabe que vai haver contestação, o que fazer?

1)– Verificar se o Diogo Infante ou o João Baião estão a gravar algo nas imediações da cidade, e convidar um dos dois para almoçar;
2)– Sabendo que a ministra da educação vai consigo, comprar um baralho de cartas;
3)– Saber quem promove a contestação e prender essas mesmas pessoas.

Em jeito de conclusão, atrevo-me a escrever que se o Sócrates tivesse a hipótese de concorrer à presidência dos Estados Unidos da América e ganhasse… Bem amiguinhos, daqui a 2/3 anos era vermo-nos a correr pela savana africana em plena regressão evolutiva.

Ps: Se a vossa escolha foi sempre a hipótese nr 3 não percam mais tempo e comecem a organizar a vossa campanha… (se foi sempre a 1ª… não vou comentar).

Ivo Furtado

2 comentários:

Anónimo disse...

Inspirado e inspirante sentido de humor!

RF

Sol disse...

Obrigado pelo comentário, é optimo quando temos feedback!!!

Quanto ao Socrates é dificil não arranjar matéria para escrever algo que o possa de certa forma ridicularizar.